sexta-feira, 12 de julho de 2013

das coisas que me aborrecem

uma delas é a falta de nobreza/respeito das pessoas pelo individuo, pelo outro. porquê das "caixinhas"? dos grupelhos parvinhos, do se não alinhas então enxovalho/faço com que te sintas mal deliberadamente. isto sempre me fez confusão. agora ainda mais, chegados os 40 parece-me que pessoas com estes anos todos já deveriam ser mais tolerantes e respeitadoras do individuo. se isto me faz confusão em crianças - o se não brincas comigo ao que eu quero, já não sou tua amiga - faz-me ainda mais confusão em adultos. acho inaceitável que alguém forme grupinhos e esteja à espera que um indivicuo saia do um espaço de partilha (fazendo-o sentir isso mesmo: vê lá se te despachas, oh!) SÓ porque é uma pessoa com um comportamento mais reservado, mais calado, porque fala baixo e SÓ por isto. não há absolutamente mais razão nenhuma para a segregação de um colega. não é má pessoa, não lixa absolutamente niguém, não é dissimulado, nem falso, não está em posição de fazer "sombra" a ninguém, nem sequer cheira mal, ainda por cima além de ser uma pessoa bastante inteligente até é giro. porque é que mulheres, algumas com 47 anos o segregam, só porque fala baixo e porque não fala de parvoices?!? já no tempo da faculdade me lembro de uma colega que era conhecida no meio pela barbie. rotulada de futil, gostava de ter malinhas e roupinhas cara. não mandava à cara de ninguém as coisas caras que tinha. tinha-as e eram muito poucas: tinha uma unica mala, uma Vuitton, e andava só com essa mala, e duas ou três peças de roupa de marca bastante cara que usava repetidamente. as outra tinhas quilos de roupa das "zaras" todas e das feiras e chegava a usam uma mala ou umas botas uma unica vez. e a futil era a outra. muito poucas pessoas falavam com ela, faziam gala em virar-lhe a cara. o que eu gostei, quando perante uma injustiça de um professor catedrático, a barbie, que estava sentada ao meu lado nervosissima, se levanta num anfiteatro cheio e disse ao professor o que pensava sobre o assunto, sobre a injustiça que ele estava a praticar com aquela avaliação que estava a fazer. e foi graças à barbie que o senhor reconsiderou a avaliação e que muita gente passou de ano. se os colegas reconsideraram a sua posição relativamente à barbie? infelizmente não. mas muitos devem-lhe o terem passado de ano à disciplina. e é isto, a não aceitação da diferença, o ser normal sermos formatadinhos e alinhadinhos, o termos de rir todos das mesmas graçolas, faz-me espécie. ainda mais em pessoas adultas. como é que estas mães transmitem a tolerância, a aveitação do diferente aos filhos?

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