sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

o Bisfenol A (BPA)

era algo que eu não fazia a mínima ideia do que era, até a tia n ter ouvido uma noticia daquelas que não se voltam a ouvir em lado nenhum.
e depois de ter andado a investigar, por cima da burra, sobre o que seria, as perguntas que me ocorrem são:
mas se há dúvidas sobre os efeitos do uso, porque é que se usa?
só porque o processo de fabrico é mais barato?
então e os possiveis efeitos não são mais devastadores do que o aumentar/encarecer do processo de fabrico?
não é mais caro, económica, social e politicamente tratar doentes do que pagar-se mais uns euros para usar material mais saudável?

o Bisfenol A é usado na fabricação de, entre outras coisas, plásticos para uso doméstico, biberões incluidos. o Bisfenol-A  é um composto, cuja formula é (CH3)2C(C6H4OH)2, utilizado no fabrico do policarbonato, um tipo de plástico rígido e transparente.

e onde está o perigo?
o composto migra das embalagens de plástico, das latas, dos biberões ou das garrafas de plástico para os alimentos. migra mais facilmente se os alimentos que contêm gordura (o BPA tem afinidade para a gordura dos alimentos) forem aquecidos dentro das embalagens, por exemplo no microondas (quando este tipo de plástico é exposto a líquidos quentes liberta Bisfenol A 55 vezes mais rápido que em condições normais). o risco para a saúde está associado à capacidade do BPA actuar no sistema endócrino afectando a fertilidade e a reprodução e tem sido apontado como potencialmente cancerígeno.

e as suspeitas de que faz mal a saúde são de agora? não! desde 1930 que se suspeita que seja prejudicial à saúde humana!
já foram efectuados vários estudos, um deles, o "estudo Toxic Baby Bottles publicado em 2007 pelo Environment California Research and Policy Center, revela que mesmo em pequenas quantidades o Bisfenol-A pode provocar algumas doenças, incluindo, cancro da mama, obesidade, aumento da próstata, diabetes, hiperactividade, alterações do sistema imunitário, infertilidade e puberdade precoce. este estudo inclui a recolha de amostras de alguns biberões dos maiores fabricantes do mundo e as respectivas medições sobre a quantidade de BPA no plástico."

IDENTIFICAR AS EMBALAGENS COM BISFENOL A
podemos identificar a presença de BPA através de um número presente em todas as embalagens plásticas. esse número geralmente está gravado no fundo da embalagem e identifica o tipo de plástico utlizado na sua composição. os plásticos de números 3 e 7 são os que trazem maior risco de libertarem Bisfenol A após o contato com líquidos aquecidos ou detergentes fortes.
segundo o que apurei desta micro-investigação existem sete classes de plásticos usados para o fabrico de embalagens:
plásticos do tipo 1 (PET), 2 (HDPE), 4 (LDPE), 5 (polipropileno) e 6 (polistireno) não utilizam o Bisfenol-A durante o seu processo de fabrico.
plásticos do tipo 3 (PVC) também pode conter o bisfenol-A como antioxidante.
plásticos do tipo 7 - junta todas as outras classes e alguns plásticos número 7, como o policarbonato (identificado com o número 7 ou as letras PC dentro do símbolo de reciclagem) são fabricados recorrendo ao Bisfenol-A. 

mais informação em

1 comentário:

pantunes disse...

pois puzeste-me a espreitar o cu das garrafas de plástico. Todas duvidosas!
Já há algum tempo que prefiro andar com uma garrafinha de vimeiro de vidro que meto na máquina para lavar e que vou enchendo. Causa menos lixo!

tudo isso por causa dos biberons, tá claro!